sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DesIGUAL


Um brinde a essa descontinuidade!

A todos os processos que nem se chega a metade.

A proteção que se da aos covardes.

Aplaudam as novas tecnologias, que exibirá em máxima qualidade de cor e de voz o pobre de barriga vazia.

Compremos novos equipamentos, valorizemos o clean, o hi-tech e todos os enchimentos, que esvaziam o corpo de essência e sentimentos.

Padronizemos essa língua que soa diferente em cada boca; aliciemos essas vozes para falarem igual, coisa pra gringo ver, como no carnaval.

Melhor mesmo é tc, navegar na rede!

E nessa abundancia morrer de sede...

Convoco todos a plantar jardins no cimento, regados a entulho, enchentes e vento, quem sabe assim não vingue um embrião célula tronco valente, capaz de mover esse país pra frente.

Pois nesses tempos de “raspadinha”, não tem Amazônia que sobre pra contar a historia.


Escrito por Laís Trindade

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